Publicado em 25/10/2024O boi gordo subiu no Brasil com a retomada das chuvas em diversas regiões, o que contribuiu para a manutenção e recuperação das pastagens. Apesar da melhora nas condições dos pastos, a oferta de animais para abate continua escassa, impulsionando os preços em várias praças. As exportações, que continuam em alta, também têm reforçado a valorização do mercado.
Em setembro, a arroba disparou mostrando uma tendência de recomposição de preços. Na B3, o mercado futuro teve oscilações diárias, mas com recuperação ao longo do mês. As cotações abriram o dia ontem com leves quedas, mas o vencimento para outubro fechou em R$ 313,60, uma alta de 0,11%, enquanto novembro avançou 0,22%, cotado a R$ 315,40. Para dezembro, a alta foi de 0,35%, fechando em R$ 313,60. O indicador do CEPEA registrou uma alta acumulada de 13% no mês, com a arroba negociada a R$ 308,80.
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Thiago Bernardino, pesquisador do CEPEA, destacou que o aumento das exportações, especialmente para a China, também influencia positivamente o mercado. Segundo Bernardino, a tonelada da carne bovina exportada para o país asiático atingiu valores entre US$ 5.100 e US$ 5.200, uma alta significativa em comparação com as semanas anteriores, quando o valor estava entre US$ 4.600 e US$ 4.900. "Isso reflete diretamente no preço do boi gordo e também na valorização da carne no mercado doméstico", afirmou.
Além disso, a carcaça casada no mercado interno registrou alta, sendo negociada acima de R$ 21,40 por quilo. Em São Paulo, o indicador CEPEA encerrou com média de R$ 308 a R$ 309, mas há negociações que alcançam até R$ 320, dependendo do tipo de gado. Em outras regiões, como Rondônia e Tocantins, a arroba também subiu, com valores em torno de R$ 285 e R$ 290, respectivamente. Minas Gerais e Goiás mantêm cotações acima dos R$ 300.
O cenário geral reflete uma combinação de exportações em alta, demanda interna aquecida e oferta limitada de animais para abate, fatores que devem sustentar os preços no mercado até o fim de outubro.