Publicado em 23/10/2024Nos primeiros 15 dias de outubro, o preço do boi gordo subiu 9,1%, com negociações alcançando R$ 310 à vista em São Paulo, segundo o Cepea. Em relação ao mesmo período do ano passado, o aumento ultrapassa 20%.
Hyberville Neto, diretor da HN Agro, explica que essa alta é sustentada pelo bom escoamento no mercado interno e externo. “Desde julho, o mercado tem subido, impulsionado pelo consumo interno e internacional”, diz. A baixa taxa de desemprego também ajuda a manter o consumo elevado.
A demanda externa, especialmente da China, é outro fator relevante. “Em setembro, tivemos o maior volume de exportações da história, e em outubro, a maior média diária”, afirma Hyberville, prevendo um possível novo recorde.
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Quanto ao futuro, Hyberville acredita que o mercado deve seguir firme até o final do ano, apesar da possibilidade de alguma acomodação nos preços. “Não devemos voltar aos patamares anteriores, mas uma leve acomodação é possível”, comenta, destacando que a oferta restrita e as exportações elevadas continuam a sustentar o mercado.
Apesar do cenário positivo, as margens dos frigoríficos caíram, pois o preço no atacado subiu menos que o do boi gordo. Ainda assim, “a margem está num patamar historicamente positivo”, ressalta Hyberville.
Para os pecuaristas, ele recomenda garantir um preço mínimo para quem tem gado confinado. “Não é hora de fixar preços, mas é interessante garantir um valor mínimo”, orienta.
O ciclo pecuário deve entrar em uma fase mais positiva, com a redução da participação de fêmeas nos abates, o que deve beneficiar os pecuaristas, especialmente com a valorização dos bezerros.
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