Publicado em 31/07/2024A Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul) divulgou seu Boletim Semanal da Casa Rural, apresentando dados atualizados sobre as lavouras do estado.
Segundo o levantamento, a colheita da segunda safra de milho avançou de 49,6% para 65,9% do total semeado, um aumento de 49,7 pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2023.
Os técnicos da Famasul classificaram 39,5% das lavouras como boas, 26% como regulares e 34,5% como ruins, índices similares aos da semana anterior. As regiões com maior percentual de lavouras ruins são Sul-Fronteira (56,6%), Sudoeste (51,9%) e Sudeste (46,1%). No Nordeste, 86% das áreas são consideradas boas, no Norte 74% e no Oeste 58%.
“O destaque dos últimos dias é o tempo seco e quente, com temperaturas máximas de 38°C em Corumbá e umidade relativa do ar de 13% em Aquidauana, Corumbá, Coxim e Nhumirim-Nhecolândia em 28 de julho de 2024”, relatam os técnicos da Famasul.
Após amostragem de 10% (221.800 hectares) da área estimada, a produção prevista foi reduzida em 19,1%, passando de 11,485 milhões para 9,285 milhões de toneladas, uma queda de 34,7% em relação à safra passada. A produtividade estimada é de 69,77 sacas por hectare, uma retração de 30,7%.
“O estresse hídrico foi a principal causa da perda de potencial produtivo na segunda safra de milho de 23/24, afetando 767 mil hectares no estado. Períodos de seca ocorreram entre março e abril, com duração de 10 a 30 dias, e entre abril e julho, com 90 dias sem chuva. A região norte do estado enfrenta mais de 100 dias sem precipitação”, explica a Famasul.
A publicação destaca que "esses números ainda não são oficiais, pois a amostragem das áreas está em andamento, com previsão de término para 13 de setembro".