Publicado em 26/07/2024A produção de carne bovina deve alcançar 10,19 milhões de toneladas este ano, um aumento de 7,1% em relação a 2023. Se confirmada, será um novo recorde, superando a marca de 2006. Esses dados foram divulgados nesta quinta-feira (25) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O crescimento é atribuído ao auge do ciclo pecuário, previsto para 2024, com o aumento do descarte de fêmeas.
Com maior oferta, as exportações de carne bovina devem crescer 13,4%, atingindo 3,44 milhões de toneladas. Nos primeiros seis meses do ano, as exportações chegaram a 1,7 milhão de toneladas, um aumento de 25,77% em comparação com o mesmo período de 2023. Apesar do aumento nas exportações, o mercado doméstico também deve crescer, com um aumento de 4,2% na disponibilidade interna, estimada em 6,82 milhões de toneladas.
Para a carne suína, a produção deve alcançar 5,4 milhões de toneladas, um leve aumento de 1,9%. Esse crescimento permitirá a elevação tanto das exportações quanto do mercado interno, projetados em 1,3 milhão de toneladas e 4,18 milhões de toneladas, respectivamente. Se as estimativas da Conab se confirmarem, tanto as vendas externas quanto a disponibilidade interna atingirão novos recordes.
A avicultura de corte apresenta estabilidade, com a produção próxima a 15 milhões de toneladas de carne de frango. As exportações devem se manter em torno de 5 milhões de toneladas, e a disponibilidade interna, cerca de 10 milhões de toneladas.
Assim, a produção total das três principais carnes no país deve chegar a 30,77 milhões de toneladas em 2024, um aumento de 3,5% em comparação a 2023, estabelecendo um novo recorde. Esse crescimento resultará em maior disponibilidade interna, estimada em 21,12 milhões de toneladas, garantindo o abastecimento do mercado brasileiro. As exportações devem crescer 5,2%, projetadas em 9,73 milhões de toneladas.
O presidente da Conab, Edegar Pretto, ex-deputado estadual pelo PT, disse acreditar que a queda de preços será positiva: "Com a produção recorde, teremos mais carne no mercado, o que deve reduzir os preços e aumentar as exportações, beneficiando a economia brasileira", afirmou.