Publicado em 13/01/2021O mercado físico de boi gordo intensificou o movimento de alta nos preços nesta terça-feira, 12. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o ambiente de negócios ainda é regido por um quadro de oferta anêmica em grande parte do país e, nessas condições, torna-se compreensível a dificuldade que os frigoríficos enfrentam na composição de suas escalas de abate.
No geral, o movimento de alta é muito agressivo neste início de ano. Resta saber, conforme Iglesias, qual será a reação dos frigoríficos que operam apenas no mercado doméstico, uma vez que a margem operacional está bastante apertada. “A expectativa é que haja algum avanço da oferta a partir de meados de março, quando os animais de pasto devem estar aptos ao abate”, diz Iglesias.
Acompanhe as cotações da arroba do boi gordo e da reposição em: www.pecuaria.com.br/cotacoes.php
Em São Paulo, os preços apresentam consistente movimento de alta. Na região de Presidente Prudente, há relatos de negócios realizados a R$ 300 por arroba, com prazo de 30 dias para pagamento. Para animais destinados ao mercado doméstico, há relatos de negócios em até R$ 290 a arroba.
Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou a R$ 287, contra R$ 280 a arroba na segunda, 11. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 275, contra R$ 270. Em Dourados (MS), a arroba subiu de R$ 269 para R$ 274. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 265, contra R$ 258 a arroba na segunda-feira. Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 285 ante R$ 275 a arroba.
Atacado
No mercado atacadista, os preços da carne bovina tiveram um dia de acomodação. Conforme Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere por pontual alta dos preços. Mas o ponto de inflexão permanece na demanda doméstica, uma vez que o consumidor médio está descapitalizado, avaliando a incidência de despesas corriqueiras a essa época do ano, como o IPVA, IPTU a compra do material escolar. “Somado a isso, precisa ser considerado o término do auxílio emergencial que altera a dinâmica do consumo de base, assinala Iglesias.
Com isso, o corte traseiro permaneceu em R$ 20,80 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 15,50 o quilo, enquanto a ponta de agulha seguiu em R$ 15,50 o quilo. Com informações da Safras.