Publicado em 21/05/2019Entidades representativas da bovinocultura receberam do governador Carlos Massa Ratinho Junior a garantia de que serão amplamente ouvidas antes da decisão final sobre uma eventual saída antecipada do Paraná como área livre de febre aftosa sem vacinação.
Representantes de dirigentes de 32 entidades entregaram ao governador uma carta aberta em que enumeram os prejuízos que o setor terá caso o Estado saia isolado do bloco 5 do Pnefa (Plano Nacional de Erradicação da Febre Aftosa), um ano antes do previsto.
“Nossa reivindicação é para que seja cumprido o que foi acordado com o Ministério da Agricultura, em ofício assinado no ano passado e confirmado no início do atual governo. Toda a cadeia da bovinocultura fez o seu planejamento em cima desse documento”, disse Jeremias Silva Junior, diretor da Abrafrigo (Associação Brasileira de Frigoríficos).
“É preciso entender que o planejamento da bovinocultura é de longo prazo, ao contrário do frango e do suíno. Qualquer alteração na atividade do boi precisa de tempo maior para ser efetivada sem prejuízos”, acrescentou.
De acordo com Junior, o Paraná não é autossuficiente na produção de bovinos para atender os mercados interno e externo. A projeção da indústria é de que o fechamento das fronteiras do Estado leve a uma redução das atividades dos frigoríficos e afete toda a cadeia da bovinocultura, com demissão de até 30% da mão-de-obra hoje empregada.
“Reiteramos que somos totalmente favoráveis ao fim da vacinação contra a febre aftosa e, por conseguinte, o alcance do status de zona livre da doença sem vacinação junto a importantíssimos mercados restritivos. Mas este não é o momento certo”, frisou Junior.
Em uma reunião em Maringá na última quarta-feira, durante a interiorização do governo, Ratinho Júnior recebeu a reivindicação e prometeu ouvir todos os segmentos envolvidos antes de uma decisão final.
“Estamos fazendo dezesseis audiências públicas e vamos esgotar ao máximo essa discussão. Vamos chamar os setores da bovinocultura, dos suínos e da avicultura para sentar e conversar. Esse é meu compromisso”, disse.Com informações do Umuraama Ilustrado.