Publicado em 19/09/2018A consultoria INTL FCStone vê risco de desabastecimento de diesel no Brasil no último trimestre deste ano. Segundo a empresa, as novas regras de precificação do combustível, em vigor após a greve dos caminhoneiros, estão prejudicando a importação do produto. O Brasil é altamente dependente do mercado externo para suprir a demanda interna.
Os valores adotados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para os custos com transporte e tancagem, estão muito abaixo do praticado pelo mercado. Além disso, até o momento não foi paga a grande maioria dos valores devidos aos fornecedores pela ANP, diz a consultoria. Isso tem causado falta de liquidez a muitas empresas, o que as impede de realizar novas operações, devido às incertezas sobre o pagamento da subvenção do governo brasileiro. “A importação privada está paralisada e a Petrobras é praticamente o único agente a trazer produto para o Brasil, salvo raras exceções”, explica o Head de Petróleo, Gás e Derivados da INTL FCStone, Thadeu Silva.
É no último trimestre do ano em que há o pico da demanda por diesel no Brasil, impulsionada pelo consumo no setor agrícola, que vem aumentando o uso do óleo nas operações de campo. A FCStone acredita que o consumo anual de diesel cresça 0,32% em relação ao volume total demandado em 2017 e alcance 50,13 milhões de m³ (137,35 mil m³ por dia) ao final desse ano. Com informações do Globo Rural.