Publicado em 20/10/2017A agência de classificação de risco Moody’s rebaixou as notas da JBS SA de B2 para B3, e da sua subsidiária integral JBS USA, de B1 para B2, com perspectiva negativa para ambas. Os riscos envolvendo a empresa e seus executivos em processos judiciais foram os motivos alegados.
A agência alega também que o acordo da empresa com os bancos foi importante para reduzir as preocupações imediatas com liquidez da companhia, “ainda assim, a JBS continua em grande parte depende da rolagem de curto prazo e evitar uma concentração de vencimento em meados de 2018 é fundamental para o crédito da empresa”.
No final de junho de 2017, a empresa possuía R$ 11,3 bilhões em dinheiro e o equivalente a R$ 2,8 bilhões (ou US$ 848 bilhões) em linhas de crédito rotativo disponíveis nos EUA, o que compara com R$ 18,3 bilhões em dívida de curto prazo.
“A Moody’s espera que o valor absoluto da dívida de curto prazo diminua gradualmente nos próximos meses com amortizações de pelo menos R$ 4,6 bilhões, incluindo amortizações no contrato de estabilização (4 amortizações de 2,5% trimestralmente, conforme anunciado pela empresa), para o qual a empresa poderia usar o produto da venda de fazendas no Uruguai, Paraguai e Argentina e o uso de 80% do produto da venda do Moy Park ao Pilgrim’s Pride, e uma forte geração de fluxo de caixa. Além disso, os ganhos adicionais podem resultar da venda potencial da operação de confinamento de gado de Five Rivers e sua participação na Vigor.” Com informações do Valor.
