Publicado em 28/03/2017Aos poucos, as operações da JBS retornam à normalidade. Depois de suspender, por três dias — de quinta a sábado — , os abates de bovinos em 33 dos 36 frigoríficos e cortar em 35% o nível de produção de carne bovina no Brasil, a companhia já avalia retomar o nível de abates anterior à deflagração da Operação Carne Fraca, ocorrida em 17 de março.
“A companhia está avaliando a retomada de sua capacidade produtiva após o fim do bloqueio das importações por parte de China, Chile e Egito, mas continua aguardando a definição de importantes mercados importadores como União Europeia e Hong Kong”, informou a JBS, em nota. A empresa é a maior exportadora de carne bovina do Brasil.
Principal comprador da carne bovina exportada pelos frigoríficos brasileiros, Hong Kong reabriu seu mercado, informou hoje o Ministério da Agricultura. No caso dos europeus, a expectativa é que haja uma definição amanhã.
Na semana passada, a restrição dos abates da JBS, assim como de outros frigoríficos do país, praticamente paralisou o mercado de boi gordo, preocupando os pecuaristas que, com o fim do período de chuvas, temem prejudicar os pastos se o gado que já atingiu o peso para o abate não for vendido.
No mercado, estima-se que a JBS abata diariamente entre 25 mil e 30 mil cabeças de bovinos no país. Em 2016, a divisão de negócios JBS Mercosul - que engloba a operação de carne bovina da companhia no Brasil, Argentina e Uruguai - abateu 7,9 milhões de bovinos. O Brasil representa cerca de 80% da operação da JBS Mercosul. Com informações do Valor.